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domingo, 5 de dezembro de 2010

Meditações

Meditações

Vamos analisar algumas questões que podem dar amparo a qualquer pessoa, mas que são essenciais para um mago. Nunca se deve ver um mago como alguém totalmente poderoso, completamente defendido, absolutamente inatingível. Na verdade, ele é vulnerável, pois lida com muitas e variadas energias. Como trabalha para melhorar a si mesmo e a humanidade, geralmente o mago é vítima de muita oposição do lado escuro da espiritualidade.

Faz parte da formação do mago aprender a enfrentar seu inimigo e aqueles que são enviados por ele. Já que, na verdade, o inimigo é um só e que todos os outros adversários são objetos da manipulação desse inimigo.

As defesas mais efetivas estão basicamente presentes em uma vida reta, na qual não há espaço para atitudes, pensamentos ou palavras negativas. Mas elas residem também na fé.

O apoio dos guias, da oração e da meditação é um fator importante no reforço espiritual que todo mago precisa receber. Por viver muito ligado às forças da natureza, geralmente o equilíbrio energético físico do mago é bom e, mesmo quando fica num nível abaixo do que lhe convém, este pode ser facilmente reposto. Mas nas horas em que o mago sente uma diminuição da luz que o envolve por causa de ataques espirituais, precisa estar apoiado em outras fontes de energia.



O silêncio da mente

Este recurso, que também faz parte do trabalho e do treinamento, será comentado nesta seção porque é um excelente apoio para o mago. A meditação, que chamamos de silêncio da mente, é um conjunto de técnicas mentais que permite ao praticante limpar sua mente, tranqüilizando sua produção mental a ponto de detê-la completamente.
Quem pratica a meditação sente muita harmonia, experimenta relaxamento, melhora seus processos mentais, evita o stress, afasta más energias, cria espaços mentais para mais criatividade. O aprendizado da meditação é um pouco longo, pois passa por várias etapas.

A meditação pode ser aprendida m livros e em cursos. O mais importante, ao escolher o processo de aprendizado, é buscar algo que não crie limites, pois quem deseja trabalhar sua mente no sentido de melhora-la jamais conseguirá progredir se estiver ligado a seitas ou movimentos limitadores. Em nenhum assunto deste mundo existe uma verdade absoluta ou uma autoridade suprema; desconfie sempre daqueles que dizem que seu caminho é o único que tem valor.

Antes de meditar, o praticante treina a concentração, que é o trampolim que lhe permite chegar à meditação. A concentração ensina a mente a ficar direcionada a apenas um foco de atenção. Este treino leva tempo, pois nossa mente, mesmo que não pareça, é muito indisciplinada.

Concentrar-se é fixar a mente num determinado ponto, afastando todos os outros assuntos que a distraiam. Você pode escolher um foco visual ou criar um foco mental para direcionar sua concentração. Geralmente este foco é uma forma, um objeto. Olhando para o foco e fazendo esforço para desviar qualquer p3ensamento que surja fora daqueles que são gerados a partir da observação do objeto, consegue-se dar início à primeira forma de domínio dos processos mentais, que é a concentração. Só quem sabe se concentrar plenamente pode meditar.

Experimente pegar um objeto qualquer e coloca-lo na sua frente. Olhe para ele, tentando fixar seu pensamento na observação da sua forma, cor, tamanho, posição. Você vai ver que logo outros pensamentos surgem e, sem querer, quando percebe, sua mente já está longe. Não faz mal, volte a olhar para o objeto, novamente atento a seus detalhes, fazendo força para não pensar em mais nada. Bem rápido sua mente vai fugir de novo e você volta a dirigi-la para seu foco visual. É cansativo, mas vale a pena insistir até dominar a distração. Pode levasr alguns meses até conseguir vencer a dispersão mental. No entanto, ao se tornar dono dos seus pensamentos, você terá vencido e controlado sua mente e poderá aprender a meditar.

Para os indianos, que conhecem a meditação há séculos, existem duas espécies de meditação. Numa delas ocupa-se a mente com a força das divindades e na outra, com a individualidade. Para nós, seria melhor entender a meditação como um estado mental de limpeza, no qual a mente não se esvazia, mas fica silenciosa, sem realizar nenhuma atividade. Assim, para cada início, é preciso colocar algo na mente, de tal forma que ela seja ocupada apenas por este elemento.

Há técnicas de meditações visuais, com mandalas, com sons, com um tema, entre outras. Cada pessoa poderá ter mais facilidade com um tipo de meditação, assim, é bom experimentar várias técnicas até chegar àquela que a conduz mais rapidamente, e também mais prazerosamente, à meditação.

A meditação ocorre com mais facilidade quando é precedida por exercícios respiratórios e um pequeno relaxamento.

Deixaremos aqui descritos alguns exercícios para quem quiser entrar no assunto, experimentando algumas formas de aproximação com a atividade de controlar a mente. Este é um tema que, bem aprendido, poderá ser utilizado para a defesa da mente e na sua recuperação nas horas de desgaste ou ataque espiritual.



Exercício de concentração com foco visual

Separe um objeto simples, como um prato, por exemplo. Deve ser algo com uma forma simples para não ter que ser visto em partes. Sente-se numa cadeira com apoio para as costas, colocando este objeto a mais ou menos um metro de distância, numa altura em que você não force os olhos para enxerga-lo.

Fique olhando para o prato, o objeto escolhido no nosso exemplo, com a intenção de dirigir seus pensamentos apenas para a sua observação. Qualquer pensamento que surja deve ser afastado; volte então a dedicar atenção plena ao prato, pensando nos seus aspectos em detalhes. De início, é impossível conseguir ficar muitos segundos sem desviar o pensamento. Isto só vai acontecer com o treino. À medida que você insiste, sua mente vai adquirindo a capacidade de se concentrar cada vez por mais tempo na observação do objeto. Repita por vários dias.

Você vai notar que em alguns dias é muito mais fácil se concentrar do que em outros. Também poderá observar em quais horários sua mente é mais facilmente controlada, para futuro benefício dos seus exercícios de concentração ou meditação. As primeiras horas da manhã são boas para quem aprecia levantar cedo, o final do dia serve para quem acorda em cima da hora de trabalhar.



Exercício de meditação visual

É semelhante ao exercício de concentração, mas nesta meditação o objeto é substituído por uma imagem mental, criada para ser o foco de atenção da mente. No princípio estas imagens são simples, como uma árvore, por exemplo, para não se perder o sentido global da figura mental. Mais tarde, pode-se criar focos mentais mais complexos, como uma paisagem com diversas árvores.

Na meditação, a imagem mental é o menos importante; dedique atenção às sensações que tal figura desperta, mas esteja sempre atento para não sair do foco mental.
Sugestões para focos visuais de meditação: um campo de trigo, uma montanha com neve, a chama de uma vela, a luz da Lua iluminando um canto do jardim, a luz do Sol refletida nas águas do mar, a imagem de um personagem mitológico, a figura de uma carta de Tarô, o desenho de um símbolo.


Exercício de meditação com mandala

As mandalas são desenhos circulares, considerados sagrados em muitas culturas antigas e atuais. Para este exercício, você vai precisar do desenho de uma mandala. Ela pode ser de origem ocidental ou oriental, porém deve ter seu ponto central bem definido, pois nas mandalas este ponto está associado às forças divinas.
Sente-se e coloque a mandala à sua frente, numa posição em que você possa observa-la confortavelmente. Analise por alguns instante o desenho todo, depois fixe seu olhar no ponto central da mandala. Enquanto olha para este ponto, não permita que os pensamentos percam o rumo. Sempre que vier à mente outro assunto, deixe que ele vá adiante, não o retenha.

É possível que, se você tiver alcançado boa capacidade de concentração nos exercícios anteriores, consiga meditar já a partir do primeiro contato com as mandalas, pois elas têm uma estrutura que conduz à meditação.



Exercícios com Mantra

Os mantras são son considerados sagrados e com poderes vibratórios extraordinários. Para os indianos, o mantra mais sagrado é AUM, cujo som guarda ligação com os aspectos divinos da criação, conservação e destruição. Uma variação deste mantra é o OM, muito usado no Ocidente.

A meditação com um mantra consiste em fazer deste som o foco que direciona a atenção da mente. Da mesmamaneira que se cria um foco visual, pode-se criar um foco sonoro, com a mesma função de auxiliar na concentração. O som vibra mais que uma imagem e por isso é muito fácil chegar à meditação através de mantras.

Algumas pessoas substituem o mantra indiano por palavras com qualidade que desejam despertar na sua natureza: paz, amor, alegria. Outras usam como mantra seu nome ou a primeira vogal de seu nome.

A entonação de um mantra é importante. A voz deve fluir solta, emitindo o som com prolongamento no final, deixando que o mantra escolhido flutue no espaço. Depois que tiver repetido o mantra algumas vezes, passe à sua repetição mental ou em voz baixa, fazendo com que ele ocupe a sua mente por completo, evitando outras produções mentais.



Ajuda das Orações

Outro apoio importantíssimo para o mago são suas conversas com Deus, nas quais ele fala com o coração. Esta ligação, além de ser extremamente protetora, abre espaços para os favorecimentos. Ghandi dizia que a oração é a respiração da alma.

Não existe o que um coração cheio de fé não possa obter. Uma oração é capaz de trazer todo tipo de benefícios ao homem que merece. Para obter resultado, é necessário insistir muitas vezes, voltando a pedir, e pedir, aquilo que uma vez já se rogou.

É fácil fazer orações espontâneas. Algumas pessoas que aprenderam a orar com palavras decoradas, acabam tendo dificuldade para expressar com palavras saídas do coração seu pedidos e agradecimentos a Deus. Para estas, talvez seja interessante possuir um livro de orações, que pode ser encontrado entre os da sua religião ou numa coletânea sem referências religiosas específicas.

As vibrações das orações geram fluidos que são capazes de curar o corpo e o espírito. Estas vibrações são tão fortes que uma pessoa pode fazer uma oração para alguém que está fora do seu alcance e, ainda assim, este alguém alcançar a graça pedida.

O mago usa as orações em todos os momentos: nos seus rituais, antes e depois dos exercícios, nas horas de enfraquecimento físico ou moral, quando adoece, para resolver seus assuntos mais mundamos. Mas, antes de fazer as orações, o mago vive em forma de oração, sendo sua vida uma entrega a Deus e à Sua Vontade.



O Apoio dos Guias e dos Protetores Espirituais

Quase nunca um mago atua sem auxílio do mundo espiritual. Os chamados guias e protetores são entidades espirituais que o mago invoca em seu auxílio. Muitas vezes estes guias já foram colaboradores do mago em vidas passadas. Eles podem prestar auxílio mesmo quando não são invocados, pois, por merecimento, o mago realmente sério também recebe ajuda espontânea de guias e protetores que se aproximam de modo natural, atraídos pela luz emitida pela aura do mago.

Os guias e os protetores têm uma função diversificada. Os guias são instrutores e orientadores de conduta. Eles fazem contato em sonhos ou através de ligação mental, em vigília. Suas sugestões e ensinamento podem ou não ser aceitos. Os protetores apresentam-se quando chamados, mas também cercam o mago em todos os momentos em que ele corre algum perigo, mesmo sem terem sido invocados.

Há guias diferentes para as várias etapas da vida de um mago. Cada fase da evolução requer um tipo de instrutor e um guia com habilidades específicas. Sem o amparo dos guias também é possível crescer, mas tudo o que se faz é mais difícil.

Aprender a fazer contato com os guias é muito útil, pois além de trazer ensinamentos, eles abrem os caminhos, facilitando todos os processos evolutivos da alma. Alem disso, os guias ajudam em alguns aspectos materiais da vida do mago, para que ele possa ter mais tranqüilidade financeira ou familiar, sem as quais seu progresso estacionaria.

O contato com guias é feito através de técnicas de canalização, que é o nome dado ao contato com guias espirituais sem transe mediúnico.

O mais importante a saber, com relação aos guias e à canalização, é que esta atividade exige cooperação. Um guia nunca realiza um trabalho por você. Ele ensina, orienta, ajuda e facilita, mas quem realiza toda a tarefa do mundo da matéria é você, pois os resultados físicos são um atributo do ser humano.

Um guia pode inspirar um artista, dar idéias ao projetista, conceder criatividade ao publicitário, ajudar o escritor. Só que na hora de sentar e trabalhar, nenhuma guia faz a parte pesada, quem gastará horas de trabalho é o próprio artista, projetista, publicitário e escritor. Mas com a ajuda dos guias, o trabalho que antes parecia estar estacionado, por falta de boas idéias ou inspiração, terá fluxo contínuo. O resultado: muita produção! Com um guia, o trabalho só sofre os limites físicos do corpo; fora isso, segue rumos sempre fáceis.

O mago que não tem uma atividade criativa, que está ganhando sua vida em tarefas mais práticas, também recebe ajuda dos guias para sua vida material.Na atuação do mago, portanto, os guias são essenciais. Mesmo quem teme ou negligencia essa ligação será igualmente amparado, desde que esteja merecendo a ajuda do mundo espiritual. Os guias espirituais desejam colaborar com a humanidade e quando percebem que algum ser humano pode atuar no seu meio, de forma a melhorar a vida dos seus semelhantes, sempre lhe dão muito apoio e lhe abrem os caminhos.

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